ode à artemísia
seu sabor pungente e amargo me puxa para minha raiz ancestral
me desperta para a plenitude da minha essência,
chamando minha atenção para o que existe abaixo da superfície
​
você me acompanha enquanto navego pelas profundezas do mar,
na escuridão da noite
me faz lembrar da minha natureza lunar
dançando com as marés,
ciclos e estações,
crescendo e minguando
​
você me ensina a ouvir o que não pode ser escutado
enxergar o que não pode ser visto
você é minha bússola para navegar nas paisagens dos meus sonhos
em reacender minha antiga conexão com a sabedoria do meu ventre
​
com você aprendo a ouvir as histórias dos meus antepassados,
sussurrado pelos corpos celestiais
você me dá coragem para permanecer na escuridão,
aquele lugar fértil que é a fonte de toda expressão criativa